domingo, 7 de novembro de 2010

A prosperidade da civilização: uma façanha da atividade humana

O trabalho assim como a arte, a escrita e a fala, expressa uma peculiaridade genuína do homem. Diferente dos outros seres, o ser humano construiu, por meio da atividade laboral, sua cultura, algo que nos é legado e transmitido geração a geração. Em uma visita a um museu de história natural encontraríamos facilmente remanescentes e instrumentais utilizados por nossos ancestrais. Por meio desta elucidação fica fácil compreender que o trabalho é algo inerente a nós e, indubitavelmente, não teríamos, sem ele, a sociedade na qual vivemos.
A atividade humana é capaz de construir o inimaginável, obras esplendorosas, artes deslumbrantes, artefatos multifuncionais, monumentos faraônicos... É possível que tudo isso seja consolidado de forma harmônica sem infringir os princípios éticos e legais e os preceitos de respeito à pessoa humana. Contudo, se fizermos uma retrospectiva histórica ficaríamos estarrecidos em constatar o quanto a atividade humana foi explorada sem o mínimo de respeito ao indivíduo, e mesmo que alguns não fossem considerados cidadãos, humanos como os outros é certo que eram e são e isto bastava para que fossem dignificados.
A transição da idade moderna para contemporânea foi marcada pela Revolução Francesa que propiciou a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, contudo isto não bastou. Foi necessário quase dois séculos para que a Organização das Nações Unidas (ONU) realizasse um novo instrumento que expressasse os direitos humanos abominando toda e qualquer atrocidade, exploração ou tratamento indigno a todos nós. Entretanto passaram-se 60 anos e às vésperas da comemoração da publicação desta declaração a criatura humana é ainda desrespeitada.
As legislações vigente preveem que o trabalho deve ser garantido a todos, mas a atividade humana é em muitas regiões do país e do mundo cruelmente explorada. E constatar isso é cruciante. De forma consoante homem e trabalho crescem e se expandem, mas em dissonância se destroem e acabam sucumbindo. E para prosperarmos é mister o respeito à atividade humana.


Max Willian A. Barbosa
Redação ENEM-2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário